Jacuipense de nascimento. Contudo, minha Pátria é o céu. Trago na história uma marca feliz das experiências vividas nos vários Estados onde passei alguns anos. Experiências que construiram o meu ser. Lembranças inesquecíveis... O edifício desta história se consolidou no Maranhão.Anos e anos a maior parte de minha existência,encontrei a minha metade e desta, Frutos Benditos e prolongamentos dos meu ser que nasceram aqui. Só tenho a dizer: HALELUYA!!!
segunda-feira, 21 de março de 2011
quinta-feira, 17 de março de 2011
Observei que, entre eles havia um cartaz com um dos seus cantos soltos e agitado pelo vento que entrava pela janela.
O vento forte fazia com que aquele canto superior esquerdo marcasse transversalmente o cartaz. Fiquei curiosa para saber do que se tratava. Fui até lá e descobri a mensagem. Tentei ajeitar o cartaz colocando a maior força externa que pude para deixá-lo no lugar. Assim como eu, outras pessoas deviam ter feito o mesmo. A tentativa foi em vão, pois aquela fita adesiva que então o segurava, já não havia mais cola suficiente e sobre ela havia uma camada de poeira e uma certa umidade que o impediam de aderir como era antes.
Oito dias depois voltei naquela mesma escola e vi que o cartaz estava na parede e já não era só um dos cantos soltos, mas o canto inferior também era sacudido pelo vento e se soltava, como o canto superior. Tive a mesma atitude de querer arrumar . Mas que pena... Pensei comigo mesma: será que alguém não vai renovar este adesivo? Um cartaz tão bonito! Afinal de contas é uma forte mensagem de amor a ser assimilada por tanta gente. E quantas pessoas não se admiraram com este cartaz!!!
Com mais alguns dias já não eram apenas os dois cantos atacados pelo vento e despregados da parede, mas a cada dia um novo lado era violentado pelo descaso de alguém. O que aconteceu ? Talvez, aquele cartaz já não se encontre mais no lugar e ninguém saiba do seu paradeiro.
Para manter o cartaz na parede é necessário que os 4 cantos estejam bem aderidos à parede, pois os 4 lados precisam um do outro para se fixarem.
E para o casamento se manter firme é necessário aderir a 4 pilares:
1. Vida com Deus e Fé
2. Cumplicidade e Partilha
3. Sexualidade e libido
4. Comunhão e Missão
E quando a ação do tempo, a rotina e o descaso estiverem atacando um dos lados destes pilares? O vendaval é inevitável... “a poeira” pode entrar e ocupar os espaços que eram da adesão e da firmeza .
Se não houver abertura para que o vento o ataque não entrará poeira e umidade. Ambos fazem perder a força da adesão inicial. Vão se juntando pouco a pouco e fazendo com que, aquilo que era força e beleza iniciais pode acabar se tornando fraqueza e tristeza atuais.
Pode precisar da força de alguém, para se levantar enquanto houver capacidade de adesão. Se algum lado perder sua força e não houver suficiente cola é necessário ser “retirado “ e “renovado” . Ao perceber a necessidade de “renovar” um dos dois deve tomar a iniciativa de fazê-lo quantas vezes necessárias, e até se levantar do chão para voltar ao seu lugar.
Um cartaz não é projetado só por uma pessoa. Há cumplicidade e partilha. Ele tem uma missão, um objetivo. Foi determinado por alguém para utilizar e afixar Um cartaz é instrumento de divulgação e canal de propaganda Está à vista para que todos possam ver.
A vida a dois é um grande cartaz que só dá cartaz quem cartaz se faz.
Maria José Rios de Souza, 17/03/2011
quarta-feira, 16 de março de 2011
SABER PARAR
(foto: Vale do Capão/BA-jan/11 - Clara Rios)
Parar...
involuntáriamente, atempadamente.
Aprender e aceitar, solitariamente.
Aproveitar o tempo com o essencial,
fundamental, atemporal.
Assimilar...assentar...assenhorar
as compreensões despercebidas no corre corre da lida.
Saber parar...
Aceitar, despojar, desapegar
o que parecia ser meu, apenas meu, o fazer e o executar.
Saber parar...
Aprendendo a avançar...
conscientemente exercitar o saber Declarar
sem racionalizar, Acreditar antes de ver
para a Vitória confirmar.
(Maria José Rios de Souza, 16/03/2011)
terça-feira, 15 de março de 2011
segunda-feira, 14 de março de 2011
EU TE SIGO
domingo, 13 de março de 2011
sexta-feira, 11 de março de 2011
quinta-feira, 10 de março de 2011
A Libélula e Eu
Ela entrou quando eu entrava
Eu pela porta
Ela pelos espaços da janela.
Eu me senti dona daquele pequeno espaço.
Ela se sentia fora daquele grande pedaço.
Para mim era tudo que queria.
Para ela nunca esperava se achar ali.
Eu me sentia livre.
Ela se encontrava presa.
Eu consciente.
Ela empurrada pelo vento.
Eu inquieta com minhas lutas interiores.
Ela se debatendo com as barreiras exteriores.
Eu me fechei para abrir espaços.
Ela resistia naquele espaço querendo abrir.
Eu sem asa querendo alçar vôo.
Ela com asas sem poder voar.
Eu buscava “entrar”.
Ela tentava sair.
Eu desejando “luz”.
Ela diante da luz queria escapar.
Eu em paz.
Ela agitada.
Eu em silêncio pensando nela.
Ela batendo as asas me interrompendo.
Eu com jeito ajudei-a sair.
Ela saindo ficou sem jeito.
Eu iludida pensei te-la salvo.
Ela, não sei como, veio me procurar.
Eu intrigada com ela: de novo ?
Ela se virou para mim.
Será a mesma? Pensei eu.
Na mesma situação se debatia ela, não na vidraça do quarto
Mas contra a parede do corredor.
Eu meditava.
Enquanto ela encerrava sua existência.
Eu a encontrei sem vida
E ela me ensinava a Viver?
Coincidência? Acaso ?
Libélula,
O que me disseste tu ?
Maria José Rios de Souza
Fortaleza, 2 de junho de 2008.